Eleições 2025 para o Conselho de Direitos Humanos da ONU: Angola Eleita entre Desafios e Responsabilidades

Imagem: UN|Google

Por Friends of Angola

Em outubro de 2025, os 193 Estados-Membros da ONU escolheram 14 novos países para integrar o Conselho de Direitos Humanos. Contudo, este processo foi marcado pela falta de competição, já que o número de candidatos coincidiu com o número de vagas disponíveis — um sinal preocupante para a legitimidade do órgão.

Angola foi eleita com 179 votos, ao lado da Maurícia, África do Sul e Egito (região africana). A Friends of Angola (FOA) saúda esta eleição, mas lembra: aderir ao Conselho implica responsabilidade, não apenas prestígio.

Por que as eleições deste ano levantam preocupações

De acordo com o Serviço Internacional para os Direitos Humanos (ISHR), a eleição de 2025 conta com 14 candidatos para exatamente 14 assentos, o que significa ausência de concorrência real.

“Portanto, o processo não é competitivo e dificilmente pode ser considerado uma eleição.” — ISHR

Distribuição regional dos candidatos:

  • Estados Africanos: Maurícia, África do Sul, Egito e Angola

  • Estados da Ásia-Pacífico: Paquistão, Iraque, Vietname e Índia

  • América Latina e Caraíbas: Chile e Equador

  • Europa Ocidental e Outros Estados: Itália e Reino Unido

  • Europa Central e Oriental: Eslovénia e Estónia

Como cada região apresenta exatamente o mesmo número de candidatos que de assentos, o resultado torna-se pré-determinado. O ISHR alerta que esse tipo de processo enfraquece a legitimidade do Conselho e dilui a relação entre a adesão e o desempenho em matéria de direitos humanos.

Os países eleitos devem assumir compromissos concretos para promover os direitos humanos, reforçar o Estado de Direito e proteger as liberdades civis. Para Angola, este é o momento de demonstrar, com ações, o seu compromisso com a justiça, a transparência e a dignidade humana.

A FOA continuará a monitorar e a exigir que este mandato se traduza em melhorias reais para os cidadãos angolanos.
Afinal, ser membro do Conselho é um privilégio — o que importa é o desempenho.

Mais sobre este vento na UN Web TV: https://webtv.un.org/en/asset/k17/k17a01fuh9

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