Friends of Angola Condena Ataque a Militantes da UNITA na Ngalanga: Democracia Não Se Constrói com Violência

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Friends of Angola Condena Ataque a Militantes da UNITA na Ngalanga: Democracia Não Se Constrói com Violência

NOTA DE REPÚDIO

 

Por Friends of Angola
Luanda, 2 de Junho de 2025

A Friends of Angola (FoA) repudia veementemente o violento ataque perpetrado contra uma delegação da UNITA, ocorrido no dia 29 de maio de 2025, no município da Ngalanga, província do Huambo, a escassos metros do Comando Municipal da Polícia Nacional. A agressão, atribuída a um grupo associado ao MPLA, resultou em pelo menos sete feridos, entre os quais o General Apollo Felino Pedro Yakuvela, e no desaparecimento de um membro da comitiva.

De acordo com vários órgãos de informação, o ato, que visava obstruir uma visita institucional previamente comunicada às autoridades provinciais e municipais, representa uma grave violação dos princípios do Estado Democrático de Direito, da liberdade de associação política e da convivência plural em Angola. A brutalidade do ataque – envolvendo mais de 150 agressores armados com pedras, paus e catanas – e a inércia inicial das forças da ordem pública são inaceitáveis e atentam contra a segurança e dignidade dos cidadãos.

É particularmente alarmante que o incidente tenha ocorrido diante do Comando da Polícia Nacional, sem ação preventiva adequada, levantando sérias dúvidas quanto ao compromisso das autoridades locais com a imparcialidade, a legalidade e a proteção de todos os cidadãos, independentemente da sua filiação partidária.

A Friends of Angola solidariza-se com os feridos, com as famílias das vítimas e com todos os que continuam a lutar pacificamente pela democracia em Angola. Lamentamos que o município da Ngalanga, já assolado por pobreza extrema e carência de serviços essenciais, se veja agora confrontado com um clima de crescente intolerância política.

Exigimos:

  1. A identificação e responsabilização imediata dos autores morais e materiais do ataque;
  2. Uma investigação independente e transparente sobre o papel da Polícia Nacional e das autoridades administrativas locais;
  3. Garantias públicas de que ações semelhantes não voltarão a ocorrer;
  4. O reforço do compromisso institucional com a tolerância, o pluralismo político e os direitos fundamentais de todos os angolanos.

A democracia angolana não pode ser refém da intimidação e da violência. O respeito pela diferença, o debate político civilizado e a igualdade de tratamento são condições indispensáveis para a construção de uma Angola justa, livre e verdadeiramente democrática.

Florindo Chivucute

Director Executivo

Friends of Angola

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