Friends of Angola

O nosso convidado de hoje na Rádio Angola e o coordenador da SOS Habitat Rafael Morais.

RA – Rafael nós gostariamos de saber como é que estão os Cidadãos que foram desalojados no Zango 1, Zango 2 e Zango 3?

Rafael – Na verdade o prblema dos Zangos 1, 2 e 3, as famílias continuam na mesma, famílias que perderam as suas casas continuam ao relento, nesta ordem de ideias tem se feito um trabalho da Cimissão Adoc da SOS Habitat, quando visou pedir audiencia em várias instituições para poder apresentar as preocupações da das famílias que se encontram ao relento, essas cartas de audiencias foram respondidas e estamos aguardar no sentido de poder haver uma resposta oficial da parte do Governo e fica tudo complicado porque, ainda este o Chefe Estado das Forças Armadas pronunciou-se, na verdade sobre quem é o mandante destas demolições que aconteceram no Zango, vimos que é o Comandante em Chefe e sabemos que o Comandante em Chefe é o Presidente da República e foi isso que o Chefe estado Maior das FAA fisse.
Pensamos que estava apenas a cumprir orientações do Comandante em Chefe e pensamos que será difícil, porque quando é uma orientação vinda do Presidente da República duvida-se muito que haja um processo positivo, mas se nós formos a ver o caso da morte do Jovem Rufino a família vai ter que apresentar uma queixa contra o Comandante em Chefe das FAA, uma vez que já se sabe quem mandou e não obstante o Rufino morreu em nome desse mandante é claro que os familiares terão de mover uma acção Judicial contra o Mandante, neste caso o Presidnete da República.

Por outra estamos agurdar e exigir que seja indeminizada, exigir que seja reposta a legalidade no sentido de poder respeitar os Direitos das famílias que foram colocadas ao relento.

RA – Rafael quantas famílias estão neste processo, ao relento?

Rafael – Estamos a falar mais de três mil famílias que se encontram nessa situação e não foram alojadas, não há nenhum processo, nem mesmo pronunciamento oficial em relação ao tratamento dígno para com estas famílias que se encontram no relento, apenas o que vimos é acusações de que estas famílias construiram numa zona onde está a ser construido o aeroporto e também em relação a morte do Menino Rufino, também foram essatamente as mesmas situações, acusando as familias do mesmo de que tinham armas, até apresentaram isso na Cadeia Televisiva Pública (TPA), de que estavam a confrontar-se com as FAA, no entanto, são questões que pioraram massivamente aquilo que é a violação do Direito a vida, em vez de avançarem no sentido de prender os que mataram o Rufino, antes pelo contrário buscam solidariedade ou solidarizar-se para com a pessoa que matou, nós estamos a trabalhar no sentido de a justiça ser feita sobretudo as famílias do Rufino exige que a Justiça seja feita e todos nós acrediamos também, tendo em conta as preocupações apresentadas pela comunidade Nacional e Internacional, a Sociedade civil e não só, de que a nossa preocupação é de ver a justiça funcionar em relação o Jovem Rufino, em relação as famílias que estão ao relento, no sentido de serem realojadas, porque o que se violou ali não são simplesmente as quatro paredes, mas sim variadíssimos direitos que foram violados, o Direito da Criança, o Direito da mulher, o direito do Idoso entre outros direitos que afectam outras pessoas que viviam ali a mais de trinta anos.
Também de salientar que, esta Zona não foi evadida conforme o governo especula, de que invadiram uma área de reserva fundiária, uma vez que as mesmas famílias viviam ali a mais de trinta anos, independentemente de alguns que são residentes mas amior parte vivem a mais de trinta anos nesta Zona, quando ouve a delimitação do aeroporto, a delimitação da Zona económica espeial essas famílias já existiam, então, há aqui uma necessidade de poder ver e respeitar os direitos dessas famílias, o que nós sempre primamos e apelamos ao governo que sempre que se confronta com algum projecto que está cabimentado a uma zona para asa famílias deve-se fazer primeiro o cadastramento, buscar o bem terra para si e depois entregar à terceiros, isso para evitar essatamente essas violações dos diritoa das famílias.

Acompanhe a seguir a entrevista completa que o coordenador da SOS Habitat Rafael Morais concedeu à Rádio Angola: http://www.blogtalkradio.com/radioangola/2016/10/25/sos-habitat-centenas-de-familias-desalojadas-no-zango-continuam-sem-teto

Perguntas e sugestões podem ser enviadas para [email protected]. A Rádio Angola – uma rádio sem fronteiras – é um dos projectos da Friends of Angola, onde as suas opiniões e sugestões são validas e respeitadas.

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