Sete activistas foram detidos por volta das 11 horas da manhã, deste sábado, 02/12, supostamente por orientação do segundo Comandante da Polícia Nacional na província de Cabinda, quando tentavam distribuir e colar na via pública panfletos sobre a realização de uma “manifestação pacífica” no próximo dia 16 de Dezembro, data consagrada ao “Dia Internacional dos Direitos Humanos”.
Fonte: Radio Angola
Gonçalves Vieira
Em declarações prestadas a Rádio Angola, Alexandre Kuanga, coordenador da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos (ADCHD) em Cabinda disse que os sete activistas, defensores dos Direitos Humanos no enclave, foram detidos e colocados na prisão sem motivos que justifiquem.
Alexandre Kuanda conta que os activistas que pretendiam distribuir e colar panfletos no centro da cidade de Cabinda que anunciam a realização da manifestação já anunciada às autoridades para o sábado, 16/12, foram interpelados por um sargento de uma Esquadra Móvel da Polícia Nacional que “os impediu de colar os cartazes na paragem do Yema”.
O coordenador da Associação para o Desenvolvimento da Cultura dos Direitos Humanos (ADCHD) na província rica em petróleo fez saber a Rádio Angola que a manifestação tem por objectivo exigir o fim da “impunidade, assassinatos, desemprego que assolada a maioria da população, as prisões arbitrárias, perseguições e bem como a degradação social da província de Cabinda”.
Para Alexandre Kuanga, os sete activistas estão detidos sem nenhuma acusação formal, e tudo aconteceu quando os mesmos se dirigiram ao Comando Provincial da Polícia de Cabinda, reclamando sobre o “impedimento” a que foram vítimas na colagem dos dísticos por parte de um dos agentes de uma Esquadra Móvel, e postos no local, contra Alexandre Kuanga, “o segundo comandante da polícia orientou detenção dos activistas”.
“Os activistas foram ao comando reclamar as razões do impedimento na colagem dos panfletos, mas chegando lá foram colocados na prisão por orientação do segundo comandante, que momentos depois foram levados para a Direcção Provincial do Serviço de Investigação Criminal de Cabinda, onde se encontram detidos até ao momento”, disse a Rádio Angola.
O activista diz que estas detenções ainda demonstram que “o regime repressivo do presidente cessante ainda prevalece em Cabinda”, afirmou Kuanga para que “estamos a começar a confirmar que o João Lourenço está a seguir o regime de Eduardo dos Santos”.
Acompanhe aqui na página da Rádio Angola, as declarações do activista dos Direitos Humanos em Cabinda, Alexandre Kuanga: